Otorrino: misto de ave, réptil e mamífero



Genoma do ornitorrinco confirma características de ave, réptil e mamífero:: 2008-05-07


O ornitorrinco, um animal peludo com bico de pato e dentes, patas palmípedes e cauda achatada tem características genéticas comuns aos répteis, aves e mamíferos, segundo confirma o seu genoma. Um grupo internacional de investigadores publica hoje na revista Nature o genoma do Ornithorhynchus anatinus, descrevendo-o como "uma amálgama de características pertencentes a um reptiliano ancestral e derivadas dos mamíferos" e com alguns dos seus 52 cromossomas a corresponderem aos das aves.
Richard WilsonEste estanho animal de 40 centímetros de comprimento que vive na Austrália e na Tasmânia põe ovos e amamenta as crias, pertencendo por isso à ordem dos monotrematas, tem a pele adaptada à vida aquática e o macho segrega um veneno comparável ao das cobras. "A mistura fascinante de traços no genoma do ornitorrinco fornece muitos índices sobre a função e evolução de todos os genomas dos mamíferos", sublinha num comunicado o principal autor do estudo, Richard Wilson, director do Centro do Genoma da Universidade de Washington.

~Mais um benefício dos nossos amigos fiéis



Cães «contra» alergias respiratórias:: 2008-04-30


Um novo efeito protectorCrianças que tenham um cão em casa são menos susceptíveis de desenvolver doenças respiratórias, conclui um estudo de investigadores alemães divulgado por uma revista europeia de pneumologia. A questão das vantagens, em termos de protecção contra alergias, do contacto desde tenra idade com um animal doméstico com pelos (cão ou gato) tem sido levantada ao longo dos anos sem que tenham surgido respostas definitivas

Novo teste para identificação de Humanos

Investigadores norte-americanos desenvolvem novo teste de identificação humana:: 2008-04-30

Vicki Thompson, engenheira química em IdahoInvestigadores norte-americanos anunciaram hoje terem desenvolvido um novo teste de identificação humana mais rápido e possivelmente mais barato do que as análises de DNA. O teste poderá converter-se numa nova arma ao dispor da polícia, dos médicos legistas e dos militares, embora ninguém espere, nem mesmo os seus promotores, que venha a substituir as análises de DNA. O novo método baseia-se na análise dos anticorpos, que são basicamente proteínas usadas pelo corpo para se defender de vírus ou desempenhar tarefas fisiológicas de rotina. Cada pessoa tem um "código de barras" de anticorpos único a que é possível aceder a partir do sangue, saliva ou outros fluidos orgânicos.

CLONADO POR ENCOMENDA

Primeiro cão clonado por encomenda custa cem mil euros

:: 2008-02-17
Pitbull, primeiro cão clone por encomenda

Um cão de raça pitbull chamado "Booger" será o primeiro cão clonado por encomenda, anunciou sábado uma empresa sul-coreana dedicada à clonagem de animais de companhia, que cobrará mais de 100 mil euros pela "fotocópia". A cliente é uma mulher norte-americana que usou os serviços de uma empresa de biotecnologia para guardar um pedaço da orelha do seu cão, retirado antes deste morrer, para poder clonar o animal.
ND - Ver notícia original do Korea Times em http://www.koreatimes.co.kr/www/news/nation/2008/02/133_18963.html

NOVO SISTEMA SOLAR??

Cientistas descobrem sistema solar com planetas semelhantes a Júpiter e Saturno
:: 2008-02-15
Scott Gaudi coordenouCientistas descobriram um sistema solar muito distante mas com dois planetas semelhantes a Saturno e Júpiter, segundo um estudo publicado ontem na revista Science. "Esta é a primeira descoberta de um sistema multiplanetário que poderá ser análogo ao nosso sistema solar", comentou Alison Crocker, cientista da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A descoberta, que foi feita graças à contribuição de astrónomos amadores, permitiu observar dois planetas em órbita em torno de uma estrela, a cerca de cinco mil anos-luz (o Sol situa-se a cerca de oito minutos luz da Terra). A semelhança a Júpiter e Saturno é atribuída pela massa desses dois planetas e pela distância que os separa do seu sol. Um dos planetas tem 70 por cento da massa de Júpiter e outro 90 por cento da massa de Saturno. Além disso, a estrela em torno da qual giram tem 50 por cento da massa do nosso sol. Segundo os investigadores, os outros mais de 20 sistemas multiplanetários detectados até agora têm planetas muito maiores e geralmente giram em órbitas muito perto do seu sol. "Não sabemos nada desses planetas, a não ser a massa", explicou um dos cientistas, acrescentando estar certo de que serão gasosos como Júpiter e Saturno. O fenómeno que permitiu observar este novo sistema solar durou duas semanas, entre fim de Março e início de Abril de 2006. Os cientistas tiveram a cooperação de astrónomos amadores do hemisfério sul e de profissionais de 11 observatórios de várias zonas do Mundo: Chile, Tasmânia, Nova Zelândia, Ilhas Canárias, Israel e Estados Unidos. "Foi mais um esforço de coordenação do que de tecnologia", segundo Scott Gaudi, coordenador da investigação.

ANCESTRAIS??



Cientistas descobrem nova espécie de musaranho-elefante


Habitat confirmado nas montanhas Udzungwa da Tanzânia
:: 2008-02-01

Capturado um espécime que chamou a atenção pela cor castanho-viva e pelo peso fora do comum, Galen Rathbun, da Academia e Ciências da California e Francesco Rovero do Museu de Ciências Naturais de Trento começaram a investigar a população de sengis nas montanhas Udzungwa na Tanzânia. Conseguiram recolher mais quatro animais e fazer 40 avistamentos. A descoberta de uma nova espécie de musaranho-elefante foi divulgada ontem online pela revista "Journal of Zoology". Segundo os cientistas, apesar de a comparação ser aparentemente absurda (um adulto não passa de 750 gramas), os sengis têm parentesco com os elefantes.

Quem diria que são parentes dos elefantes?
O sengi de focinho-acinzentado é pequeno e peludo como as outros mas pesa 700 gramas, mais 25 por cento do que as quinze espécies conhecidas de musaranhos-elefantes. Os responsáveis dizem que apesar da região ter um alto nível de biodiversidade, há cada vez mais ameaças aos habitats naturais.
"Esta é uma das descobertas mais emocionantes da minha carreira", disse Rathbun, que estuda a ecologia, a estrutura social e evolução dos sengis há mais de 30 anos. "É a primeira espécie gigante elefante-musaranho descoberta nos últimos 126 anos". Os investigadores localizaram a nova espécie em duas populações que cobrem 300 metros quadrados na floresta de Ndundulu. Do género Rhynchocyon, ao qual pertence o sengi de focinho-acinzentado, só existem mais três espécies conhecidas, listadas como vulneráveis ou em perigo de extinção pela União de Conservação Mundial (IUCN). Habitat em vias de extinção As montanhas Udzungwa fazem parte de uma cadeia que vai do sul do Quénia à região centro-sul da Tanzânia. De acordo com os investigadores, factores como a idade das florestas, o isolamento e a sua natureza fragmentada são responsáveis pelo elevado nível de biodiversidade no local. Nos últimos anos, lembra o artigo publicado, foram descobertas na mesma região espécies como a perdiz de Udzungwa ou o macaco kipunji, entre outros anfíbios e repteis. "Esta descoberta sublinha como as florestas tropicais das montanhas Udzungwa são importantes e como ainda sabemos pouco sobre elas", disse Rovero. De acordo com uma investigação recente, a região montanhosa centro-sul da Tânzania bem como os corredores de vida selvagem que ligam as montanhas às áreas envolventes estão sob ameaça e podem desaparecer até ao final de 2009. "Esperamos que novas descobertas como a nossa incentivem a protecção deste ecossistemas espectacular", disse Rathbun.

CÉLULAS ESTAMINAIS - suas aplicações


Células estaminais


Nas primeiras fase do desenvolvimento do embrião, as células estaminais diferenciam-se nos vários tipos de células que vão formar os tecidos e órgãos do organismo (a pele, os músculos o coração, o cérebro, os ossos…). Estas células estaminais embrionárias têm a capacidade de se auto-renovarem e duplicarem, multiplicando-se continuamente in vitro e mantendo a capacidade de se diferenciarem noutras células. A investigação e terapêutica neste campo tem evidenciado resultados promissores. No sangue do cordão umbilical estão presentes células estaminais que se conseguem diferenciar em alguns tipos de células, em particular do sangue e possuindo algumas propriedade semelhantes às células estaminais que se encontram na medula óssea. O transplante das células estaminais que se encontram na medula óssea é uma das terapias que se pode realizar para o tratamento de doenças hematológicas/oncológicas. Apesar de, na maioria dos casos, este procedimento ser bem sucedido, o transplante depende de se conseguir encontrar um dador compatível de medula óssea. Associado ao procedimento, para além do perigo de infecções oportunistas, existe o risco, por exemplo, da rejeição do transplantete, uma das reacções imunológicas que poderão surgir. As células estaminais do sangue do cordão umbilical, devido à semelhança de propriedades com as células estaminais que se encontram na medula óssea, são utilizadas em terapias destinadas ao tratamento de diversas doenças como em casos de leucemias, após quimio-radioterapia. Foi em 1994, no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, que se realizaram os primeiros transplantes de sangue de cordão umbilical. O transplante de medula óssea começou a realizar-se em Portugal na segunda metade dos anos 80 do século XX. Calcula-se que apenas 25% dos doentes tenham um dador familiar – os outros têm de recorrer a dadores externos à esfera familiar. A probabilidade de compatibilidade é baixíssima devido à genética, que nos individualiza, nos caracteriza e mantém enquanto espécie. As células estaminais embrionárias (provenientes, portanto, do embrião nas primeira fases de desenvolvimento) ainda indiferenciadas são que terão mais potencialidades de aplicação na Medicina. As aplicações da terapia com estas células têm sido estudadas no tratamento de várias doenças; é o caso da degenerescência macular relacionada com a idade (que leva à cegueira), da esclerose múltipla e da doença de Parkison. Não obstante, a investigação neste campo tem criado controvérsia, uma vez que estas células se obtêm a partir de embriões humanos. As questões éticas e legislativas são objecto de reflexão e interpretações diversas. As células estaminais dos adultos e do sangue do cordão umbilical possuem já alguma diferenciação. Em particular, as células do cordão umbilical possuem a capacidade de diferenciação em células da linhagem sanguínea. Existem em Portugal bancos privados de criopreservação das células estaminais do sangue do cordão umbilical. Ao recorrer a este serviço, os pais escolhem um procedimento que visa a eventual utilização do sangue do cordão umbilical no tratamento de doenças que poderão surgir ao longo da vida do seu filho(a) recém-nascido(a) e/ou dos seus familiares (neste caso a utilização requer o consentimento dos pais, após indicação médica). Em 2007 realizou-se o primeiro transplante com recurso a células estaminais do sangue do cordão umbilical criopreservadas num banco privado português (a Crioestaminal). Foi um transplante heterólogo (entre dois indivíduos) do sangue preservado de um recém-nascido para o seu irmão (uma criança com 14 meses). As utilizações de sangue preservado em bancos privados têm, na maior parte das vezes, sido dirigidas para o transplante entre irmãos. À semelhança da compatibilidade de medula óssea entre familiares, o sangue do cordão umbilical poderá não ser compatível para o transplante. O sangue é recolhido logo após o nascimento, quer seja de parto natural quer de cesariana, e depois enviado para o laboratório através de um kit que os pais adquirem previamente. O sangue é testado e as células estaminais isoladas e contabilizadas. Existem também bancos públicos internacionais, cujas amostras têm sido o grande recurso para os transplantes de sangue do cordão umbilical realizados em Portugal. O número de unidades de sangue colhidas nos IPO (no Porto e em Lisboa) utilizadas para transplantes em familiares dos dadores tem sido muito reduzida, recorrendo-se assim a dadores estrangeiros. A colheita do sangue umbilical é maioritariamente solicitada por grávidas com familiares com indicação para transplante, em recolhas dirigidas, na sua maioria a crianças com leucemia. É aguardada a abertura de um Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical. Numa instituição deste tipo será preservado o sangue do cordão umbilical doado altruisticamente pelas grávidas, na altura do parto, para uma futura utilização das suas células estaminais em doentes compatíveis.